quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tempo de animação por bonecos e atores

FITAFLORIPA bate recorde de público em 2009: 20 mil pessoas assistiram aos espetáculos





Cia. Odelê de São Paulo



Entre os dias 14 e 20 de junho, aconteceu na Capital a terceira edição do Festival Internacional de Teatro de Animação de Florianópolis (FITAFLORIPA), com 19 companhias de teatro de cinco países: Peru, Itália, Espanha, Brasil e França, esse em comemoração ao Ano da França no Brasil. O público recorde, estimado em 20 mil pessoas, superou o ano anterior gerando novas expectativas. “Isso significa a realização do quarto FITAFLORIPA, que já estamos organizando sem mesmo ter saído da terceira edição”, afirma Sassá Moretti, coordenadora geral do festival junto com Zélia Sabino, quem assina a coordenação executiva.



Cia. Circo de Bonecos




No total 41 apresentações foram realizadas em 13 espaços da Capital, entre teatros e locais públicos, gratuitos ou a preços populares (R$8 e R$4). Grandes referências do teatro mundial em animação fizeram parte deste cenário como a magia das sombras da Cia. Gioco Vita, da Itália, com o espetáculo “Pépé e Stella”; “Cuentos Pequeños”, da companhia peruana Hugo & Inês, que se utiliza de partes do corpo para dar vida a personagens. “São como seres vivos, como se fossem de carne e osso, porém sou eu mesmo”, diz Hugo Suarez.




Em se tratando de manipulação de bonecos com fios a Cia. Jordi Bertran, da Espanha, com “Antologia”, encerra o festival com o espetáculo apresentado desde 1987. “Já é considerado um clássico, está ficando quase perfeito”, brinca Bertran que ganhou os palcos do mundo inteiro com a mesma peça. “Cansar destes personagens seria cansar de mim mesmo”, ressalta do grau de cumplicidade que tem com os bonecos.


Antologia - Cia. Jordi Bertran


A quarta atração internacional ficou por conta do “Passage Désemboîté”, da companhia francesa Les Apostrophés, invadiu as ruas do centro da Capital e prendeu atenção dos transeuntes e curiosos, quem parou para assistir pode garantir boas risadas. Homens de terno e gravata manipulavam objetos simples fazendo deles personagens que ditavam o ritmo de ações dos quatros atores, com o sanfoneiro que conduzia o público entre as várias histórias.




Mas não foi só isso: a magia do teatro floresceu em outros pontos da cidade, com companhias nacionais, com destaque também para os catarinenses. Os brasileiros mostraram igualmente ao que vieram, como a Cia. Circo de Bonecos, com o espetáculo “Circus – A nova turnée”, que encantou e lotou o auditório principal da UFSC. Os catarinenses também contribuíram com luzes, cores e muita animação.





Espetáculos de rua para todas as idades




O espetáculo “Socorro”, do Ronda Grupo de Dança e Teatro, de Florianópolis, lotou o teatro da Ubro, e para ver o “Hagënbeck”, da Cia. Experimentus Teatrais, de Itajaí, foi preciso realizar uma segunda sessão, porque os ingressos já haviam esgotado pelo menos quatro horas antes do início da peça.




A programação do festival contemplou ainda oficinas e mesa de conversa




Oficina de Jordi Bertran


O FITAFLORIPA também contribui para formação de profissionais. O evento promoveu oficinas voltadas a estudantes da linguagem e professores de artes. Jordi Bertran ministrou oficina com o tema Manipulação com Fios nas oficinas do Centro Integrado de Cultura (CIC). No mesmo local, Tiche Vianna falou sobre O Ator e a Máscara, de 15 a 19 de junho, das 9h às 13h.




A programação contemplou ainda a mesa de conversa com a professora Dra. Ana Maria Amaral, da Universidade de São Paulo, e o professor Dr. Valmor Beltrame, da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). Eles intermediaram debate entre o Núcleo #2 do Sujeito de Cena Teatro, São Paulo (SP), o Ronda Grupo de Dança e Teatro, Florianópolis (SC) e a Cia. Experimentos Teatrais, Itajaí (SC). Os três grupos pesquisam o ator em cena e trazem nos seus espetáculos algo em comum: o boneco.

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